Casarão do Engenho Verde cuja construção data do ano de 1841, primeira metade do século XIX.
Projetado pelo engenheiro e político francês Louis Léger Valher que nasceu em Bergerac, no ano de 1815, formado pela Escola Politécnica de Paris, em 1834, onde recebeu o diploma de engenheiro de pontes e calçadas. Veio para o Brasil, em 1839, com 24 anos de idade, trazido pelo Presidente da Província de Pernambuco, Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista.
Foi responsável pela construção do Teatro Santa Isabel em 1850, após ter construído o Casarão do Engenho Verde, quando na ocasião aqui se encontrou depois da estrada na cidade de Água Preta, por influência de Antônio do Rego Barros, detentor das terras de toda Região da Zona da Mata Sul, por afinidades com o Governo do segundo Império e do seu primo,o então Presidente da Província de Pernambuco em meados dos anos de 1838.
O estilo que identifica o Casarão é o neoclássico, com seus arcos que retratam a história dos usineiros e coronéis que viveram no período de introdução da monocultura da cana-de-açúcar.
Seu alpendre em arcos de alvenaria e plantilhário de inspiração neoclássica, com porão parcial cuja porta de acesso encontra-se entaipada é em alvenaria de tijolos.
Sua estrutura externa é entornada e marcada por plantas ornamentais e pomares das mais diversas frutas da região. Ainda preserva piscina de água natural em retângulo, estilo britânico de formas elaboradas quando da presença inglesa na Índia no continente Asiático.
A mobília preserva escrivaninha, armários, cadeiras, mesas em estilo colonial, bem como os quartos com portas e janelas refletindo a época da influência britânica neoclássica.
O Engenho Verde guarda mobília e estrutura a lembrança do seu ilustre filho, Hermilo Borba Filho que nasceu no Casarão em 08 de Julho de 1917, vivendo até os 16 anos com seus pais Hermilo Borba Filho ( Senhor de Engenho) e Irinéia Portela de Carvalho, quando aprendeu as primeiras formas de escrever crônicas, dramaturgia e artigos os mais diversos.
O nome “Engenho Verde” deriva do rio de mesmo nome que o perpassa, cortando-o de forma afiada com suas águas de cor verde refletindo a densa mata (que já não existe), com folhagens das mais diversas plantas, resultado natural de uma estrutura geobotânica rica predominantemente contida em área às vezes acidentadas e às vezes planas, marca maior da estrutura geográfica da localidade.
Texto escrito por Jadiel Barbosa durante a realização do projeto Vivendo Palmares.
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